Já perceberam quão amarga é a vida? Um amargo as vezes doce, doce como limão, as vezes doce demais, como um saboroso chocolate. Muitas vezes é "ardido" como o sal, sal da praia, da cozinha, das salinas, dos temperos, mas surpreendentemente a vida dá um jeito rápido de mudar, e tudo vira açúcar, sem mais nem menos gotas de mel escorrem pelo grande roteiro de nossas vidas, tudo vira açúcar, açúcar dos churros, do algodão doce, açúcar extraído direto da cana de açúcar, açúcar que cuidadosamente é carregado grão por grão pelas pequenas formigas trabalhadeiras incansáveis. Mas como se não fosse capaz de tudo mudar novamente, a vida nos contraria e nos mostra que sim, pode mudar. E novamente, de uma só vez, as coisas se tornam frias, tão frias, tão gélidas, que quase não conseguimos respirar, flocos de gelo pairando no ar, no ar do roteiro de nossas vidas, frio como o dia nublado, frio como o congelador de nossas cozinhas, frio como as pessoas que vivem sem amor, na verdade nem chegam a viver, apenas existem, e que por sinal existem no frieza de um solidão envoltas de grandes blocos de gelos tornando-os mais frios ainda.
E para nos contrariar novamente, a vida segue outro rumo, outra direção, com um jeitinho maroto, matuto, tornando o frio quente, e por sinal quente até demais! Quente como lavas de um vulcão em erupção, como o Sol, como o fogo, quente como o café da tarde, como a brasa do cigarro acesa ao luar numa noite de lua cheia, quente como o sangue que bombeia todo o nosso corpo, deixando ele advinha como? QUENTE. Quente como o amor juvenil. Ah vida! Porque és assim? Tão amarga? Tão doce? Tão fria? E tão quente? Tudo ao mesmo tempo? Porque turbilhões de sensações em um roteiro só? Talvez, seja essa a vantagem da vida, aprender a escrever o próprio roteiro,com capítulos de uma vida, sendo eles capítulos quentes ou frios, amargos ou doces, mas sendo o SEU roteiro, a SUA vida.
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