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Stop Bullying

7 de abril de 2013


A nove anos atrás conheci a minha melhor amiga daquela época. Eramos como carne e unha. Sofríamos juntas, riamos juntas, fazíamos tudo juntas. Eu a defendia como algo muito precioso. Sofria todas suas dores, nós nos amávamos. Afinal, era um amor entre duas e puras crianças. Anos se passaram e nos separamos. Infelizmente, somente apos essa minha mudança repentina que voltamos a nos comunicar e, descobri que essa minha amiga teria acabado de criar um blog, aonde publicou um de seus textos que mais me tocaram e gostaria que todos vocês parassem cinco minutos para conhecer essa minha amiga guerreira.

"Esses dias estava me recordando de uns dos tempos mais sofridos de minha vida. Tudo começou na creche, quando um garotinho de cinco anos teria atirado uma bolinha de papel em mim. Sem entender nada, tão pequena e tão ingenua, logo olhei para trás e, perguntei qual era o motivo de ter jogado essa bolinha. O menino com um ar de revolta, logo disse: “Cala boca carvão!”. Na época, não sabia qual o motivo de ter usado essas palavras. Hoje sei o porque. Um garoto tão pequeno e, já com tantos preconceitos nas palavras, ou seja, essas criança aprendem isso em casa, só pode né?

Os anos se passaram, entrei em uma nova escola, muitas crianças não gostavam de mim. Mas porquê? Era metida? Chata? Falsa? Mentirosa? NÃO! Me "odiavam" pelo simples fato de ser negra! Apos alguns anos entrei em outra escola, já estava grandinha, com meus doze pra treze anos, já tinha noção das coisas. Conheci três meninos que tornaram a minha vida em um verdadeiro inferno. Fazia zoações com o meu cabelo, me ameaçavam, me intimidavam, me humilhavam, faziam me sentir um lixo. Tempos foram se passando e fui conhecendo muitas pessoas assim, me julgavam só por ter mais melanina na pele.

A pessoa que mais se "destacou"  em minha vida, foi uma menina, muito bonita de cabelos longos e, bem branquinha. Ela sim me odiava, falava que queria me bater, puxava meu cabelo, implicava com as minhas cicatrizes, com meu jeito de ser, com as minhas amizades, ria de mim, colocava apelidos... Enfim, hoje em dia já superei tudo isso, mas sempre que me olho no espelho e vejo minhas cicatrizes, me lembro daquelas rizadas. Demorei muito tempo pra superar isso, até hoje me doí um pouco.

Mas não são só os negros que sofrem Bullying! Pessoas mais gordinhas, muito magras, branquelas, lésbicas, transsexuais, religiosos, gays e, até em ritmo musical! Enfim, há uma infinidade de preconceitos pelo mundo, só ainda não descobri o que essas pessoas ganham com tudo isso. Pessoas que praticam o Bullying, sejam homens, mulheres, crianças, adolescentes... Não sabem o quanto doí ouvir esse tipo de gozação, se um dia na vida dessas que se acham “perfeitas”, sentissem algo parecido com o que sentimos, tenho certeza que nunca mais iriam julgar alguém, por gosto, cor, tamanho, físico, nem nada. Vamos dizer não ao Bullying, pois Deus criou pessoas diferentes por fora, mas por dentro somos todos iguais, não há ninguém melhor do que ninguém!"

Espero que apos terem lido essas palavras, pensem melhor em suas atitudes e conceitos. Aprendam que qualquer critica, ou até mesmo "brincadeira", machuca e marca a vida das pessoas. Muitos não dão tanta importância para o Bullying ou coisas do tipo. Admito que algumas horas atras não me importava tanto, mas apos relembrar dos nossos momentos e, ver de perto alguém que já passou por momentos horríveis, percebi o quão ruim e doloroso é. Acredito que somente quando alguém sentir na pele irá começar a dar valor a palavra Bullying, que um dia virou "moda". Conheço a história dessa minha grande amiga Gabriela e sei que um dia todos aqueles que riram dela, irão engolir suas risadas.

3 comentários

  1. Respostas
    1. http://ousadiaealegriablog.blogspot.com.br/ Elá está começando agora e, estou ajudando com a escolha do nome e outros itens, por isso não coloquei no post, pois em breve indicarei ele aqui quando estiver todo pronto!

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  2. Nossa Ste! Faz muito tempo que não comento, mas por falta de tempo. Mas sempre ficava de olho em seus post. Caraca, eu chorei. Já sofri bullying e sofro junto com ela ao lembrar dessas palhaçadas "demôniacas". Sinto muito por ela, e por todos nós que sofremos este tipo de violência verbal. Bom... ela poderia ter processado todos eles e sair ganhando mesmo com toda a dor. Eu só não processei aqueles que me caluniavam por que sentia uma verdadeira dó dos pais e claro, do ser que infelizmente (que Deus me perdoe) colocou na Terra. Boa sorte menina. Você é tão guerreira quanto todas nós juntas! Parabéns!

    Beijos ♥

    http://tentando-esquecer.blogspot.com

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