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Cap 3: O reconhecimento da verdadeira amizade

25 de julho de 2013


Atenção: Para entender a historia aconselho que leia o capitulo anterior postado aqui.
Muitas ambulâncias. Policiais. Muitos curiosos. Transito congestionado. Pessoas desesperadas. Lágrimas e mais desespero. Não parecia real. Era coisa de filme. Fiquei parada ali, por um bom tempo, vendo as pessoas passarem por mim, vendo mães gritarem, pessoas chorarem, corpos e mais corpos. Muito sangue e sujeira. 

Algo que esperava e demorou acontecer. Foi ali que percebi não ter ninguém. Quem sentiu minha falta? Não tinha um ser. Minha mãe não compareceu ao local, meu pai nunca existiu para mim e depois de muito tempo, um carro familiar. Eram os pais da minha amiga que infelizmente teria deixado de falar comigo a um bom tempo. Estava a todo instante a perguntar o meu nome:
_ Morgana! Morgana! Cade você? Alguém viu minha amiga? 
Ninguém a respondia, tinham casos mais importantes do que se preocupar com uma garota de dezesseis que alem do mais já estava morta não é mesmo? Estava o tempo todo ao seu lado, tentando lhe informar aonde poderia encontrar meu corpo, mas não me escutava. Começou a andar e andar, passava por cima de braços, pernas, cadáveres. Com muito choro, nojo e trauma. Finalmente consegue reconhecer aquela garota, dos cabelos negros e compridos. Conseguiu reconhecer aquela jaqueta. Jaqueta que tanto usava, por todos os lugares que andava. Jaqueta que estava destruída, rasgada. Foi ali que ela teve certeza, era sim sua queria amiga de escola que tanto a magoou e humilhou, mas que tanto amava. 

Uma cena triste. Se curvou e se ajoelhou ao meu corpo. Não quis olhar meu rosto, pois estava destruído. Muitas lágrimas e pedidos de perdão. Ficamos ali; ela com a cabeça e braços deitados em cima de mim, e eu ao seu lado, lhe pedindo perdão por tudo o que fiz. Perdão por todas as vezes que não a escutei, pelas tentativas de me impedir fazer besteiras e acabar com a minha própria vida. Por tirar o copo de bebida de minhas mãos, o cigarro de minha boca e a pedi perdão por ter a xingado ao ponto de faze-la sofrer, ao ponto da humilha-la. Foi ali que pude ver, que existia sim o amor que tanto dizia. Foi ali que percebi que existia sim alguém que se importava comigo. Infelizmente só pude acreditar nisso apos a morte. Ficamos ali, paradas por um longo tempo. Pensamentos de grandes arrependimentos tomaram conta de mim. Vi o quanto a fazia mal, não merecia seu amor, seu perdão. Não merecia sua presença. Muito menos suas lágrimas. Me senti mal ao seu respeito. Sempre fui tão orgulhosa. 

Bianca e eu, eramos amigas desda pré escola, crescemos juntas, no mesmo colégio, fazíamos tudo todas as manhãs juntas. Era aquela companhia para brincar e dividir pequenas coisas. Eramos realmente amigas. Uma tal amizade que durou até hoje, mas que infelizmente não pode ser prolongada. Tal que como disse, não fui capaz de valorizar. Desde pequena sempre invejei Bianca. Não pelo seu cabelo, pela sua beleza, ou até mesmo pelos objetos materiais que tinha e sim, tinha inveja de sua vida. Bianca contia algo que sempre quis ter: uma vida normal. Tinha seus pais ao seu lado, uma boa casa, um bom transporte, era realmente feliz ao contrário de mim. Sonhava estar em seu lugar, com seus pais ao meu lado. Cheguei ao ponto de querer morar em sua casa quando mais nova. Coisa de criança, mas tal sentimento que sentia até algumas horas atrás. Por esse motivo talvez fosse tão orgulhosa por esse sentimento. Por essa tal raiva que carregava comigo. Por querer estar em seu lugar e odiar receber suas ordens e ajudas pois, o que leva a  uma pessoa com uma vida "perfeita" querer ajudar uma desordenada? Não queria receber suas ordens. Não queria aceitar seu olhar e sentimentos de pena. Me sentia inferior a ela, queria somente ter um pai e uma mãe presente em minha vida. Duvidava do seu amor de amiga, pois realmente nunca soube o que era o amor de verdade, ainda mais vindo de alguém que não contia o mesmo sangue... [continua]

9 comentários

  1. Seguyndu ségy di voltá?

    meubrogdigenti.broguispotipontucom

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  2. ain, falandu em amizadi vedadeira, eu lembu di tu né amyga. Sempri comigu nus melhoris i pioris momentus da mynha vida.. até mi brotá huma lágrimár =(

    LINDIJA DYMAIS ESSA HYSTÓRIA
    EMOCIONANTY!

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    1. Ki bom ki gostoh amigu, fiko mt felis!!!! bjossssssssss!! >< >< #choreíh #de #emossaunn #agrr

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  3. Sobre a Bruna ai rum comigo a mesma coisa

    http://cafezinhoviciante.blogspot.com.br/

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  4. Oi Ste,desculpa não comentar sobre o post é que estou com uma duvida e queria sua ajuda.Tentei mandar pelo formulario de contato mais ele não funcionou,então fui lá no tumblr e te mandei por ask.
    De qualquer jeito eu tive que vir parar aqui nos comentários pra pedir pra vc ver lá e tal,mas emfim,espero sua resposta.
    www.garota-inflamavel.blogspot.com

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    1. Oi :D eu vi a ask, me adiciona lá no facebook para gente poder conversar melhor sobre :D Obrigada ♥

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  5. Sempre gosto de acompanhar histórias seriadas, é super legal e fico morrendo de curiosidade. Ficou legal porque você alternou o narrador (1ª e 3ª pessoa).
    Beijos
    Juciele | Meu Filme virou Livro

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