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Explicações para o meu desaparecimento:

22 de maio de 2013


Você é obrigada a levar a vida tranquilamente como se nada estivesse acontecido. Engolindo todos os acontecimentos da vida a seco. Passo por cima dos obstáculos, com muita dificuldade, para que no decorrer do caminho encontre mais dificuldades a serem enfrentadas. Infinidades de problemas a enfrentar. Levo tudo com muita paciência. Levo tudo escutando muito desaforo até mesmo daqueles que estão lá fora. Engolindo sempre tudo o que ouve e acontece. Aguentando e tentando resgatar aquela pequena esperança que ainda me resta. Julgamentos a todo tempo. Ninguém a conhece de verdade, mas insistem em fazer sua imagem, mesmo não sabendo o que esta acontecendo. Aquela velha frase, aquela velha ação; escondo meus problemas atras de um sorriso. Sorriso capaz de me enganar, me deixando bem por instantes até me deparar com a amarga realidade. 

Você simplesmente tinha tudo em suas mãos, mas os deixou, na intenção de encontrar algo melhor, que infelizmente ainda não fora encontrado. Infelizmente sinto falta de tudo oque um dia tive em minhas mãos e me lamento por tudo aquilo que jamais terei. Cansa. Pesa. Um fardo que levo em minhas costas; a vida. Sinto uma imensa necessidade de arrancar-me tudo. De desistir daquilo que um dia, quem sabe, possa ter. Vontade imensa de seguir sem rumo algum. Vou em busca daquele grande ser que todos acreditam e respeitam. Daquela imensa força que permanece em mim. Um esperança dessa tal força que possa mudar ou amenizar minhas dores.

Quero explicações, quero me explicar. Durante meses nunca consegui expressar certamente o que sinto por meio de palavras. Talvez nunca conseguirei. Infinitos são minhas duvidas sobre minha própria vida. Preciso de explicações para tantos fracassos. Tantas lágrimas e reclamações. Como se não fosse reais todas aquelas crises. Como se não estivesse ali. Me sinto como uma pedra, nada me atinge fácil. Fico imóvel a tudo o que esta acontecendo ao meu redor. Talvez seja porque já me acostumei com tudo, ou não consigo mesmo acreditar que tudo esta prestes a cair em cima de minha cabeça. Como se não tivesse mais em meu ambiente. Realmente não estou. Sofro juntamente com a solidão, de não ter alguém ao meu lado para que eu posso dizer o que sinto, trocarmos abraços e escutar bons conselhos. Conselhos que me façam criar esperanças, de que um dia tudo possa mudar. Mudanças já não aguento mais.

Reclamações. São as dores deles que levo comigo. Não tenho voz, mal tenho tempo para pensar junto a mim. Mal consigo dormir uma noite sequer sem me virar a cada cinco minutos. Preciso me apagar e, por um momento esquecer todas aqueles palavras fortes que ouço diariamente. É preciso visitar meu interior para entender que se passa dentro de mim. Por mais que eu tente dizer o que sinto por meios de frases, eu não consigo. É impossível. Lembro de tudo aquilo que me fez rir e, tudo aquilo que me faz sofrer. Palavras de força a todo tempo me arrancam lagrimas. Um dia, desejo olhar para trás e perceber que eu andei. Que tudo mudou e, que finalmente cheguei aonde queria.

Quero ser uma guerreira. Desejo mover montes, mas sem uma base é impossível dar um simples passo. Quem sabe um dia, possamos chegar em um acordo certeiro. Encontrar a paz que tanto procuramos. Quem sabe um dia possa dar um suspiro de alivio, por finalmente ter chegado aonde queria.

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