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Cap 2: Espirito perambulante

22 de julho de 2013


Atenção: Para entender a historia aconselho que leia o primeiro capitulo postado aqui. Essa é uma história fictícia criada por mim então não levem a serio tudo o que for escrito aqui.
Uma garota, da minha idade, de dezesseis, estava ao telefone, com suas duas pernas completamente destruídas, feridas. Depois de longas tentativas conseguiu falar com sua mãe e, a unica coisa que conseguiu fazer foi chorar e dizer: "Vou morrer".  Infelizmente a ligação caiu. Ao escutar sua filha falar, dava para escutar e perceber o desespero da mãe ao telefone. Aquilo me doeu muito. Me aproximei, para ver se conseguia ajudar. Coloquei a mão em seus ombros e percebi um certo alivio em seu olhar ao sentir minha presença. Perguntei se estava tudo bem e não obtive respostas. Estranhei. Perguntei novamente e nada. Fui a frente de seu rosto e era como se eu não estivesse ali. Estranhei ainda mais. Não consegui entender o porque de me ignorarem tanto. Estava querendo ajudar. Até que finalmente descobri o verdadeiro motivo ao olhar para o lugar de onde levantei. Não acreditei. Fiquei paralisada por alguns instantes. 

Me encontrei no chão, estendida, como se não estivesse movido um dedo sequer. Estava deformada. Completamente deformada. Não acreditei. Não entendi. Queria respostas. Por que isso? O que esta acontecendo? É como se estivesse fora do meu corpo. E realmente estava. Me encontrei morta. Era somente meu espirito. Era simplesmente um espirito perambulante. Já tinha lido sobre, mas não acreditei. Não era real. Mas agora é. Como é possível? Agora sim descobri a vida apos a morte. Mas se estava morta e existiam vários corpos por ali, aonde estavam os outros? Eu sabia aonde, mas não queria assumir, aceitar. Deveria direcionar meu pensamento a Deus, aquele tão grande Deus que muitos respeitam e vivem contemplando. Durante toda minha vida, não acreditei nele. Achava uma grande besteira toda aquela história. Olhava para o céu e me perguntava: "Quem é você? Aonde está?". Após atingir minha adolescência comecei a por minha palavra e dizer o que acreditava. Todos sabiam. Não acreditava no tão divino que todos faziam questão de acreditar. Sempre acreditei na seguinte frase: "Vê, para crer". Eu não o via, então para que perder meu tão precioso tempo para me reunir a um grupo de pessoas iludidas que vivem gritando e cantando para alguém chamado "Deus", que nunca fez nada por elas. Que nunca deu as caras. Era besteira para mim. Mas de uma certa forma, aprendi que era preciso acreditar até mesmo apos a morte. Que ao acreditar, quando não estivesse mais em seu físico, ele o levaria e infelizmente não fui capaz de acreditar. Não consigo. Como alguém desde bem pequena que nunca acreditou em sua palavra e ao morrer será levada por ele? Nunca! 

Foi ali que definitivamente estava sem rumo. Sem chão. Sem saber para onde seguir e o que fazer. Ainda não conseguia acreditar, só estava passando por tudo aquilo como se daqui algumas horas, fosse acordar e perceber que era tudo somente um terrível pesadelo... [continua]

Um comentário

  1. Nossa, que emocionante e um pouco assustador, ao mesmo tempo.
    Adorei. Fiquei ansiosa pra ler o próximo capitulo.

    Beijos,
    http://posrealidade.blogspot.com/

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