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Cap 4: A noticia

6 de agosto de 2013


Para entender a história, leia os capítulos: 01 / 02 / 03
Após um longo tempo, dentre aquela cena, seu pai lhe pegou pelo braço:
_ Vamos minha filha. Irão leva-la agora, temos que ir e avisar os pai de Morgana, certamente não sera fácil assim como não está sendo para você.
Bianca levantou, com bastante dificuldade. Passou a mão em seu rosto, na tentativa de secar suas lágrimas que não paravam de cair. Com seu olhar fixado ao meus restos. Deu-me as costas e partiu. 
De maneira alguma queria continuar naquele lugar depressível. Precisa de um destino a seguir. Fui logo atrás, sentei no banco ao seu lado. Daria tudo para ser vista, ou simplesmente sentida. Bianca com seu olhar fixado a janela a todo tempo. Era possível perceber as lágrimas escorrendo em seu rosto. Me questionava a todo tempo o por que de todo aquele sentimento, o por que de insistir em atingi-la a todo tempo para me confortar. 
O carro seguia. Meu desejo naquele momento era poder lhe acariciar e dizer que estava tudo bem. Dizer tudo o que sentia e o que aprendi. Ao ver aquela cena, por ter se preocupado tanto comigo, um alguém tão sem importância para tantos, não tive duvidas ao seu respeito. Seguimos em frente:
_ Tem certeza que deseja dar a noticia? - Pergunta seu pai com uma grande decepção em seu olhar.
_ É, acho que sim. - Respondeu com grande dificuldade.
Parou o carro em frente aquela casa, em frente ao meu ponto de partida. Senti raiva, muita raiva por ter voltado. Não gostava daquela cena, nem um pouco. Bianca abriu a porta, desceu do carro lentamente e foi em direção a porta de minha casa. Seu pai foi logo em seguida e eu já estava lá. Bateu campainha algumas vezes, até que abriram a porta. Era ela, aquela mulher que não tinha prazer algum de chamar de mãe. Mulher que tanto disse odiar e a odiava. A raiva aumenta cada vez mais dentro de mim, quis voltar, mas precisava ver sua reação ao saber:
_ O que querem aqui? - Disse com tom de aborrecimento.
_ Olá dona Miriam, bom, estou aqui para lhe dar uma noticia não tão agradável. - Disse o pai de Bianca, da forma mais formal possível.
_ Posso entrar? 
_ É claro.
Sentaram-se no sofá, Bianca e seu pai de um lado e a mulher que tanto me decepcionou do outro. Me encontrava bem ao meio. Deram-lhe a noticia. Olhei fixamente para o rosto de minha mãe. Estava os olhos vidrados em um só ponto. Sem acreditar. Lágrimas foram surgindo em seu olhar cansado e pesado. Ficou por um bom tempo assim. Sem acreditar. Me surpreendi com sua reação. Quem diria, minha mãe. Mulher que fazia mau caso de mim desde bem pequena. Que sempre deixou claro que era um grande fardo em sua vida. Desde sempre sofreu nas mãos de meu pai, um homem alcoólatra, agressivo, ruim. Sempre o defendendo e engolindo tudo o que dizia. Aos cinco anos vivia tal cena diariamente: Meu pai entrando por aquela porta, caindo de bêbado e dizendo coisas absurdas para ela. Ele o batia quando o ignorava ou quando não concordava, brigavam feio e, enquanto isso estava atras do armário, olhando tudo, sem entender direito, mas não foi preciso de muito sacrifício para crescer no meio de tudo aquilo e descobrir o que realmente significava. 

Nunca recebi um bom tratamento, uma palavra sequer de: "Não se preocupe, vai ficar tudo bem". Ela me batia sempre apos as brigas, apos me encontrar atras do armário observando tudo. Descontava sua raiva, angustia, dor, tudo em cima de mim. Foram anos assim, até que nossa vizinha resolveu tomar certas providencias e uma delas era me tirar daquele ambiente. Infelizmente não deixaram, assim as coisas só pioravam á cada dia que se passava. Desejava toda noite pela morte deles, principalmente a do meu pai, o principal causador de todos os problemas...[continua]

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